Pensei em milhentas formas de escrever este post. Da ânsia, da expectativa, do primeiro concerto em que estive frente a frente com o Peixe, da forma como o Nuno Prata se emocionou no final da Chaga, de ter ouvido o final da Ouvi Dizer como se fosse a primeira vez que aquelas palavras se entranhassem em mim, de ter morrido e renascido ao primeiro segundo da Tempo de Nascer, da minha lamechice partilhada com uma das pessoas que tinha mesmo de estar comigo nessa noite, para que tudo fizesse mais sentido. Da perspectiva global do segundo concerto, ao balcão, a ver o Coliseu enorme, à altura. De abraçar o mundo. De saborear o salto. De saber que são momentos irrepetíveis. Daqueles que ficam cravados em nós, em loop, daqueles em que somos parte de um todo tão capaz e tão maior.
Não me importa os motivos que os levaram a juntar-se ao fim de dez anos. Pensei que nunca na minha vida presenciarei o que vivi estas duas noites. E vivi, e partilhei, e senti. Chegámos ao fim da canção ... mas estivemos lá.
* A sério que tenho mesmo de escrever de quem é isto? Neste post?