(escrevo do trabalho, perdoem os teclados britanicos)
Vai haver um congresso em Sevilha, em Novembro. Fui lá na Expo 92 e voltei no mesmo dia, por isso, além de ser mui petiza, fiquei com vontade de voltar. Eu quero ir, já estive a ver preços, comboio e afins. E vai daí pareceu-me ser uma boa altura para irmos de mini-férias. Partilho com ele.
- Sevilha?
- Sim, vai ser giro, eu vou ao congresso, depois passeamos, vemos coisinhas e tal...
- Sevilha?
- Sim, pá, que coisa, Sevilha! Que foi?
- Sevilha? Tens noção que nunca na vida vou a Sevilha?
- ...
- ...
Esqueci-me que o Benfica tinha jogado na véspera a final da Liga Europa, que perdeu ... para o Sevilha!
Metade convenceu-me a irmos ao cinema. Tudo bem até aqui. Resolvemos ir experimentar o IMAX (ainda não tínhamos ido ver a tal ideia de experimentar parte do filme e, sinceramente,não fiquei com vontade de repetir a experiência).
E fui ver um dos piores filmes de sempre de toda a história do cinema. Para mim o pior. É que de tão mau que é nem dá para rir.
Eu até fiquei descansada quando vi que o filme contava com Brian Cranston e Juliete Binoche. Mas não só as suas personagens morrem quase logo no início como, epá, o Jeremy Irons também entrou no Dungeons and Dragons. Não foi um selo de qualidade...
E depois aquela coerência maravilhosa de quererem matar um monstro que se alimenta de radioactividade com uma ... bomba atómica? A sério? Mas esperem, no meio daquilo existem outros monstros, MUTOs, que fogem para acasalar e se alimentarem... e de onde foge um deles? Do depósito de armazenamento de resíduos nucleares... para procurar mais radiação. Para se alimentar.
E mesmo que tentemos esquecer isto tudo, naquela de descontracção e não pensar muito, quando o Godzilla (se ainda não perceberam que era deste filme que estava a falar) está a levar porrada dos MUTO, neste caso da fêmea, o que faz? Abre a bocarra e sai um poderoso raio azul, Mas porque raio é que ele não os despachou logo com aquilo? Caramba, se eu deitasse raios azuis pela boca não havia cá malandragem que se chegasse!
Portanto, no final disto tudo, Gozilla é um herói. E regressa às profundezas oceânicas. De onde, espero, nunca mais um realizador o vá buscar...
Digo-vos, eu sou uma metade e pêras. Só assim se explica ter ido ver isto ao cinema: