A propósito deste post, a EDP ligou-me ontem a propósito do contrato de gás.
Ontem.
27 de Novembro.
Sim, claro... só que não!
A propósito deste post, a EDP ligou-me ontem a propósito do contrato de gás.
Ontem.
27 de Novembro.
Sim, claro... só que não!
Aqui está um dos melhores textos que já li sobre o assunto. Hilariante, elucidativo e esclarecedor.
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s”?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç”.
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som.
Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s”.
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z”.
Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z”.
Não pensem qe me esqesi do som “ch”.
O som “ch” pasa a ser reprezentado pela letra “x”. Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não? O “x” xama-se “xis”. Poix é iso mexmo qe fiqa.
No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.
Vejamox o qaso do som “j”. Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”. Para qê qomplicar?!?
Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j”. Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.
Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.
A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.
É o qazo da letra “a”. Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado. Nada a fazer.
Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax vezex lê-se “u” e outrax, ainda, lê-se “ô”. Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o “u”? Para u uzar, não? Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e”. U mexmu para u som “ê”. Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i”. I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a”.
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.
Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” – pur “ainx” i “õix” pur “oinx”.
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.
Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?
Maria Clara Assunção, no Observatório da Língua Portuguesa
Um amor maior, mais preciso, mais apurado, mais carinhoso, mais terno, mais pronto, mais feroz, mais acolhedor, mais benéfico, mais envolvente, mais seguro, mais absoluto, mais verdadeiro, mais sensato, mais ternurento, mais inebriado, mais encorajador, mais capaz, mais instrutivo, mais orientador, mais aconchegador, mais pleno, mais aberto, mais cheio, mais libertador, mais potenciador, mais encantado, mais feliz, mais audaz, mais ousado, mais robusto, mais forte...
Afinal não é disto que as crianças precisam?
Deixei de comer carne há mais tempo do que me recordo, vai para lá de vinte anos.
Claro que foi um desafio, sobretudo porque nunca levaram muito a sério e acharam que era uma "pancada" que passaria com a idade. Era adolescente e idealista e agora sou trintona e idealista. Agora já é uma coisa que me é inerente. Tenho imensa sorte por a metade (que é quem cozinha bem lá em casa) adaptar os seus pratos e os meus e conseguimos ter o prazer de comer a mesma coisa, só que ligeiramente adaptada.
Sou vegetariana mas, muito raramente, como peixe e consumo ovos. Confesso que cada vez menos, porque me causa verdadeiramente uma revolta interior saber que o lucro para estes produtos advém da forma grotesca com que se criam os animais (visitem os pesquisem sobre aviários e cenas do género ... ou talvez nao).
Só recentemente deixei de beber leite e, na verdade, sou agora a maior apologista de leites de tudo e mais alguma coisa. Leite de coco, leite de amendoa, arroz. Tudo menos soja. De facto, sao mais caros, é verdade. Mas sou a única que os consome lá em casa e um pacote dá para uma semana. Sáo oito euros mensais.
Oito euros para as vaquinhas. Vale bem a pena.
Há um medo que se instala devagarinho. Uma ténue mas persistente picada no peito. Um desconforto, inicialmente ligeiro, agora mais perceptível, que escala pelas paredes deste corpo enquanto estes olhos, incrédulos, fitam o horror.
Esta (des)humanidade aterroriza-me. Nao porque deixe de acreditar na bondade, mas porque cada vez vejo que essa bondade vale menos. Porque o rastilho intolerante dos ignorantes se torna uma metralhadora giratória, quando o amor e a bondade sao, de facto, a única resposta que evita uma escalada insensata. Nao querendo ser ingénua, pergunto-me se os verdadeiros responsáveis sao, de facto, consciente do impacto das suas accoes. Na verdade, estes responsaveis, imagino-os esfregando as maos, maquiavélicos, enquanto nós respondemos aos seus cordelinhos de marionetas. E é apenas isso em que o ódio nos torna. Marionetas.
Marionetas amedrontadas, para ser mais precisa.
Legitimidade e moralidade sao duas coisas bem distintas. Aliás, podemos sempre recordar Miguel Relvas a propósito desta relevantíssima distinção.
Nao gosto de Costa. Entenda-se, nao suporto PPC nem Portas, mas sei que nao gosto de Costa. Costa irritou-me a partir do momento em que tirou o tapete ao Tozé Seguro, assim sem mais nem menos, sem qualquer pudor ou prurido.
Portanto, legitimamente, Costa vai agora para o poleiro. Nao irá sozinho, sabemo-lo bem, mas vai. E eu nao gosto disso. Mas gosto mais disso, sabendo-o minimamente supervisionado, do que gosto de ter lá PPC e Portas.
Por isso, mais do que estar feliz ou inquieta, estou expectante...