espaço de mau feitio, alguma reflexão, música e outras panóplias coloridas

28
Jun 16

Tenho família a viver em Londres. É assim que prefiro iniciar as conversas sobre o referendo no Reino Unido.

Um referendo é um instrumento democrático respeitável (vejam-se os suíços, que referendam quase tudo) e que deve ser compreendido como tal. Goste-se, ou nem tanto assim, o resultado de um referendo é (ou deve ser) a tradução da vontade expressa de um povo. Do povo (que se deu ao trabalho de ir votar). Isso implica que o povo tenha sido informado, de forma clara e inequívoca, dos efeitos de cada uma das respostas possíveis. Tem de ser assim, o promotor do referendo tem acesso a informação pertinente e necessária para que cada eleitor possa decidir de forma consciente o sentido do seu voto.

E, lamentavelmente, não foi bem isso que aconteceu. Quem votou leave quis votar contra o aumento da imigração. Quem votou leave quis votar num maior controlo de fronteiras. Não quis votar na saída da UE. Mas foi exactamente nisso que votou. Quem votou stay terá votado numa melhoria da economia, num estreitamento das relações comerciais e económicas. O que não seria necessariamente garantido pela permanência na UE.

Portanto, votaram consoante os seus propósitos e interesses, o que é válido, concorde-se ou não. Acredito que o voto que escolheriam poderia ser diferente caso tivessem acesso a elementos suficientes para se obter uma direcção de voto. Tal como em Portugal, a informação até estaria disponível, mas nem sempre de forma clara e transparente, como se desejaria. 

Quanto a esta ideia de se repetir o referendo, faz-me sempre lembrar a repetição do referendo sobre a despenalização do aborto, que para mim foi apenas a insistência até se obter o resultado desejado. Escolher é, também, aceitar as consequências da escolha. Por menos bem informada que tenha sido. 

 

 

(e pronto, com isto, demonstraram os britânicos tanta veemência na saída que até preferiram ver a Inglaterra ser eliminada do Euro 2016 de forma muito fria...)

publicado por Vita C às 11:21

23
Jun 16

Mas gostaria apenas de perguntar aos senhores (e senhoras) que andam por aí a crucificar a equipa e o seleccionador, se, por ventura, além do desporto (sendo que o futebol é, seguramente, o que maior número de adeptos reúne), encontram qualquer outro momento da vida actual onde A Portuguesa seja cantanda desta forma emotiva e sentida?

Ah, bem me parecia. Seus velhos do Restelo, racionalistas e umbiguistas! Futebol, para o adepto, é esperança e emoção!

Se por acaso partilham desta minha ideia, o que esperam para participar no projecto Dá a Cara por Portugal?

 

 

 

publicado por Vita C às 10:10
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21
Jun 16

Uma pessoa chega aos 35, quase 36, e ainda tem de ganhar coragem para dizer à mãe que fez mais duas tatuagens... 

 

publicado por Vita C às 17:19

17
Jun 16

 

Sem carro (ainda).

Entrei pelas 08h00 da matina (na verdade, cheguei ao trabalho pelas 07h40). Abrir os olhos continua a ser um exercício cansativo.

Apanhei o autocarro pelas 07h10 da matina. Mas consegui vir sentada. 

Estarei em formação até por volta das 22h. E sábado. E domingo. E segunda-feira volto normalmente ao trabalho. Com o acréscimo de termos cá o CEO global da empresa. Business casual attire. Matem-me já. 

Desculpem lá qualquer mau feitio nestes dias...

Quem corre por gosto... cansa menos, mas cansa!

publicado por Vita C às 11:04
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14
Jun 16

Durante muitos anos, conduzi o carro da minha mãe. Nem sequer havia outra alternativa, chegava e bastava. No ano passado, o meu pai, ao trocar de carro pela enésima vez, pergunta-me se eu queria ficar com o carro dele. Nem pensei duas vezes, claro que sim. É um carro velho (sem ter ainda o requinte de ser "antigo"), adolescente de 14 anos e birrento. No primeiro fim de semana nas minhas mãos ficou sem bateria. Passado uns tempos deixou de pegar sem que encontrássemos explicação. Tem sido assim um rufia. Ora eu até me dou bem com rufias, com manias e, sobretudo, o carro dá-me(nos) jeito e não há dinheiro para investir noutro. 

Este fim de semana, depois das usuais viagens familiares (mãe e pai de um, pais do outro, enfim), estou a caminho de casa com dona Nina Simone no bólide. E o bólide morre-me nas mãos. Juro quase ouvi um guincho agonizante. Deixou de acelerar, por mais que engatasse mudanças. Ora, e onde foi isto acontecer? Precisamente na entrada para o IC 19. Que nem sequer é das estradas mais movimentadas do país (lá agora!). Onde os outros condutores nem sequer andam a abrir (lá agora!). Com o coração pequenino de ter a cadela no carro (e se me davam uma pantufada por trás?), lá consegui planar até um pequeno espaço na berma, chamei o reboque e tcharan, lá foi o carro a caminho do mecânico. 

E os meus nervos senhores? Pelo sim pelo não, estou já a equacionar alternativas. Porque uma coisa é ficar eu apeada, outra é ficar a cadela em fanicos...

 

 

publicado por Vita C às 10:41
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10
Jun 16

Vai Vita C fresquinha e cheia de vontade para o trabalho (quem nao gosta de trabalhar a um feriado?), admirando a placidez bucólica da inexistência do trânsito, quase se adivinhavam vaquinhas no horizonte quando, eis senao quando, se apercebe de um outro veículo na estrada.

Daqueles carros cujos condutores travam nas lombas. Travam nao, param. Totalmente. Nem é o abrandar prudente de quem nao quer maltratar os pneus, os amortecedores e tudo e tudo, é aquele parar de imobilizar, re-engatar a primeira e continuar a andar. Até a proxima lomba. Ora na minha zona há várias lombas. Eventualmente demasiadas. E a cada cinco metros lá ia o carro parando. Totalmente. E depois andava até a lomba seguinte. E parava. Totalmente. E nem sequer era daqueles carros novinhos em folha, ou semi-novinhos em folha. Nao, era um carro que, tal como o meu, estava ali em plena fase adolescente (embora claramente mais bem tratado que o meu, que me chegou em fase moribunda). 

Nao dá para ultrapassar em seguranca e, por isso que remédio tive eu senao parar em todas as lombas. Totalmente. 

E o que isto me irrita, logo pela matina, hum?

publicado por Vita C às 10:06

09
Jun 16

Nao tenho grande nerdices na minha vida. Nao sendo uma infoexcluida, nao sou uma pessoa tecnológica ou muito dada a redes e afins.

Joguei Mafia Wars durante muito tempo, com bastante perícia e depois de uma rápida pesquisa apercebo-me de que até já finha falado neste vício por aqui. Deixei de jogar porque estava a um nível em que o tempo que me consumia era demasiado e percebi que havia que colocar um travao na coisa (meus amigos, eu avisava a minha crew quando ia de férias!). 

Tomei conhecimento anteontem do término do jogo. E, de forma algo surpreendente, senti que foi um fecho de ciclo (mais outro, entre tantos ultimamente). Mesmo sem jogar há mais de dois anos. Mesmo nunca mais tendo jogado nada. Passei muitas e boas horas com este jogo e, como em tudo, resta-me agora ficar a olhar o horizonte trémulo da memória...

 

publicado por Vita C às 13:57
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07
Jun 16

Diz-se que viciam. Que quem tem uma, cedo ou tarde terá mais. E, na verdade, embora racionalmente sempre negasse, por falta de tema suficientemente apelativo para gravar em mim, o bichinho da tinta ficou desde esse dia em espera. Adiado, negado, mas nem por isso esquecido.

Até que ... a Joana resolveu fazer um 2 em 1 irresistível: tatuar em prol dos animais a cargo da Casa Amarela. Claro que se tornou impossível resistir. A sério? Tatuar e ajudar animais? 

 

wrist.jpg

leg.jpg

 

A Mystic Tattoo fica em Setúbal e a Joana e o Cristian são de uma simpatia extraordinária e de um profissionalismo irrepreensível. A Joana tem ainda um traço que lhe vai valer um mocho no meu outro braço e mais umas quantas coisas de tinta nas costas. 

 

publicado por Vita C às 16:22
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