Custa-me a crer nas falácias fáceis e hipócritas.
Como se o referendo na Grécia fosse um impor de termos aos restantes países da zona euro, assim um zé povinho dixit "Ah e tal, nós queremos ajuda mas nos termos que nos interessar definir".
Esta é uma mentira pegada e quem espalha esta farsa nem sequer o pode fazer de boa fé. A Grécia precisa e necessita urgentemente de solidariedade europeia, é certo. Ainda assim, tem o direito de rejeitar, recusar e banir termos que nem se ficam por ser indignos, na verdade, trata-se de terrorismo social.
Por outro lado (e é este o lado que os falaciosos da Europa se esquecem de apresentar), agora a Grécia tem de apresentar propostas concretas, exequíveis e convincentes de forma a conseguir manter-se na zona euro (se assim desejar) ou arcar com as consequencias de se afastar dessa mesma zona. E, como em tudo o que envolve política, o dinheiro éque manda.
O referendo grego nao foi uma irresponsabilidade, uma birra ou uma criancice. Foi, verdadeiramente, uma aula de democracia e coragem política. Os gregos rejeitaram um caminho e agora terao de criar um percurso alternativo. Deixemo-nos de falácias e palas políticas. Portugal teria algo a aprender com este exemplo.
(porque será que os referendos helvéticos conseguem reunir imenso consenso e sao vistos como ponto de honra da democracia e os helénicos nao?)