Como escrevi, duas coisas foram prioritárias na mochila para o hospital: livros e bolachas.
Disseram-me que, como ia ser operada de manhã, a partir da meia noite não poderia comer nada. Ok, tudo bem, resmunguei eu interiormente. Adormeci pelas 22h (não sei, não faço ideia, mas estava com uma sonolência monstra) e, claro, a partir das 4 da matina estava despertíssima e tinha fome e tinha sede. Com a fome ainda lido bem, mas sede? Nah, nem por isso. Mas estava proibida de comer e beber, por isso levantei-me, fui tomar banho, pus-me a ler, acabei o livro e fiquei à espera.
Depois da operação, quando acordei, o que é que eu tinha? Sim, sede. Mas nem pensar, ainda não podia beber nada. Às 17h deram-me uma esponja mergulhada em água para passar nos lábios - e já era muito. Nesse dia, cházinho à colherada ao jantar e uma banana esmagada. Sólidos, nem pensar sequer nisso. Bolachas, o quê?
Resumindo e concluindo, as bolachas escolhidas para serem prazerosos momentos de melhoria do ânimo foram passear ao hospital. Mas atenção, eu não levei um pacote de bolachas. Eu levei i-men-sos pacotes de bolachas. Para nada. Para nada não, que já desapareceram...
Já aprendi mais alguma coisa...