Eu sei que há imensos sites do género, mas este, não sei porquê, teve um pouco mais de impacto, é dinâmico, no sentido de vermos as coisas acontecerem em tempo quase real. Experimentem lá ficar um minuto. Inteiro, portanto, sessenta segundos. Foquem-se na Europa e na América, e depois dêem uma espreitadela a África. E depois digam qualquer coisa.
A propósito, ando há bastante tempo a pensar nisto, e agora revela-se oportuno: parem de dizer mal dos transportes públicos, que cheiram mal, que vos arranham as unhas pintadas de fresco, que não suportam o ar pindérico daquela gente, que demoram muuuuito mais tempo, etc. e etc. e outras desculpas coninhas.
Vistas bem as coisas, se há uns anos largos, eu era capaz de concordar com alguns destes argumentos coquettes (nomeadamente no que toca à sobrelotação), hoje em dia são ridículos.
Temos uma cidade e arredores muitíssimo bem servidos de transportes, a maior parte deles movidos a motores com reduzida emissão de poluentes. Os autocarros são confortáveis (prefiro-os ao metro, mas concordo que este pode ser mais rápido), têm direito a via reservada em imensos sítios, e levam muita gente. Só sentados, a média ronda os 30 por autocarro. Ora, são menos tantos carros que entopem as estradas já que a maioria dos carros apenas leva o condutor. E menos gasolina que nos sai do bolso, tendo em conta que os passes, apesar de terem subido, saem ainda bastante mais económicos.
Além disso, a maior parte das transportadoras reformulou os horários de tal maneira que há maior frequência (e, portanto, menos pessoas por autocarro ou metro) e também melhor sincronização com outros transportes (para quem tem mesmo de fazer transbordo).
Pá, é ser coninhas. Um leitor de mp3, um bom livro, e a viagem é logo diferente... A mania do estatuto do carro!
Claro que não vou escrever que não dá jeito, que não é bem bom ir de carrinho, mas também pode não ser sempre, não é? Não custa experimentarem!