O regresso ao trabalho. O ser a primeira a entrar no escritório e saber que tudo terá de ser gerido como se não me tivesse ausentado.
Quando escolhi deixar a psicologia, senti que estava a abdicar de uma parte de mim. Penso nisso todos (ou quase todos) os dias. Mas o meu trabalho não deixa de me dar inúmeras possibilidades de a viver no terreno. Amanhã será a minha tolerância à frustração, a minha motivação intrínseca e a abertura de espírito que estarão, mais uma vez em jogo.
Este tempo passado fora da capital foram fulcrais. A simpatia das pessoas, o ar puro a brindar os pulmões, os sorrisos tão gentis e genuínos, o aproximar de pessoas com quem há muito não falava, e sobretudo, o abraço de regresso da minha metade. Vale por tudo.
Ainda assim, não me apetece.