espaço de mau feitio, alguma reflexão, música e outras panóplias coloridas

30
Dez 10

 

(é que amanhã estarei na cozinha o dia todo, a fazer tomates recheados, mexilhão com salada de pimentos, mousse de chocolate, e outras iguarias, e sobretudo, a rezar a todos os anjinhos para que alguma destas coisas esteja comestível, enquanto a metade [portadora de um curso de cozinha] estará a rir-se atrás de mim, pronto a deitar a mão, mas só no último momento)

publicado por Vita C às 21:16

29
Dez 10

Eu sou assim, uma pessoa de paixões, meio bicho-do-mato, mas boa pessoa. Pouco hipócrita, gosto de acreditar nisso. E lamechas, já agora, verdadeiramente lamechas, daquelas pessoas que acha que os amigos,e aquilo que vivemos com os amigos, são verdadeiros pilares da pessoa que sou e em que me vou tornando.

Mas depois bato com a cabeça nesta realidade descartável. Nestas paredes de ferro que são a teimosia orgulhosa das pessoas. Não me faz sentido existir para pessoas que já foram especiais e agora são memórias, boas é certo, mas sobretudo memórias nostálgicas e levemente dolorosas. Ah, e tal, só te deverias arrepender do que não fizeste. Mentira, digo eu! Às vezes fizemos tudo, fizemos quase demais, e devíamos era ter ficado sossegadinhos no nosso cantito. Mas não, lá fomos exercitar a nossa tolerância à frustração.

Ora, 2011 já não é ano para grandes resoluções. Mas é de pequenas. E por isso, qual cantiga pimba e video pumba, fartei-me de apagar amigos do cara-de-livro, que na vida real deixaram de o ser há demasiado tempo. Os que não conheço mas fazem parte da minha mafia mantêm-se obviamente, andam ali a ajudar verdadeiramente. Mas os que me viraram as costas em silêncio enquanto eu perguntava porquê, bem, esses foram cruamente com os porcos. Sem culpas e sem porquês. Acho que não lhes vai fazer diferença nenhuma. E ao menos eu não me sinto tão hipócrita.

 

publicado por Vita C às 12:14

28
Dez 10

Foi a ler o blog do Afectado que dei com a situação da Jonasnuts. Como regra geral sou uma curiosa de primeira, fui ler as notícias em primeira mão no blog dela. E sim, li os takes todos.
Eu já trabalhei numa loja de telecomunicações e electrodomésticos e afins. Dava trabalho, estafava o corpo e a mente,  reclamei muitas vezes de muitos clientes absolutamente ignóbeis (altura em que apelava à psicóloga que ainda há em mim) e sei que há muita coisa por detrás das devoluções, trocas e reparações que os clientes não sabem. Mas são coisas que não prejudicam ninguém. Por isso me insulta particularmente este caso da Ensitel.
Para mim, absolutamente absurdo e totalmente off limits, este episódio não se cinge à total ineficácia das grandes empresas. Não, a culpa não é (maioritariamente) daqueles senhores e senhoras que atendem o público, a culpa e responsabilidade é daqueles senhores que pedem aos advogados pidescos que se cale a Jonasnuts que existe em cada um de nós.


 

 

E vocês, comem e calam?

publicado por Vita C às 11:16
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27
Dez 10

(foi bom, obrigada)

Agora é só arranjar programa para a passagem de ano.

Algumas sugestões, em conta (muita conta, de preferência à borla) para a zona de Lisboa?
A gerência agradece.

 

Adenda: tirando os concertos de GNR, Xutos e Rui Veloso, não encontro nada gratuito por estas bandas. Contrasta com o meu amigo que vai a Londres e nem se ofereceu para me levar na mala, eu que sou tão pequena! Por isso, continuamos a aceitar (e a necessitar de) sugestões.

 

publicado por Vita C às 09:23

23
Dez 10

Não me importa que coincida com um solstício e uma festa pagã, na verdade, é-me rigorosamente indiferente.

Ao contrário do que se possa pensar, o Natal não é o momento mais importante na vida cristã. Nem de perto nem de longe. Até porque começou antes deste 23 de Dezembro em que a azáfama das últimas compras toma conta das cidades. No Advento já os católicos andam a tentar preparar-se para o nascimento desta esperança que se renova quase ingenuamente, infinitamente, como só um Deus como deve de ser pode fazer. Mas dizia eu que já andámos aqui a bater com a cabeça nas paredes durante estas 4 semanas, uma introspecção que nem sempre convive com o dia a dia atarefado. Por isso o Natal é uma espécie de "Até que enfim!", um "Aleluia, que esta introspecção não é nada fácil, que eu não sou tão firme nesta coisa da fé como pensava".

O Natal é quase o menor dos milagres da fé. Ainda assim, é o que opera de forma mais abrangente e mobilizadora para a sociedade. É daqueles feriados em que não nos importamos de ser mais bonzinhos, mais fofos, estendemos a mão para quem precisa (mas com cautela, que a gente dá uma mão e querem logo o braço todo), até nos comovemos e fazemos esforços para aturar, perdão, compreender e ser simpáticos com aqueles familiares que no próprio dia 26 iremos desprezar novamente. Mas somos um pouco melhores, e essa verdade é valiosa, da mesma forma que é indiferente se foram 2 ou 3 ou 45 os reis magos e os pastores, se é que havia pastores naquelas bandas, tal como a virgindade de Maria é absolutamente irrelevante para a mensagem de Amor de Cristo (além de ser apenas um erro de tradução que a Igreja resolveu sobre-aproveitar, originando equívocos e histerias moralistas totalmente dispensáveis). Basicamente, da humildade e simplicidade vem o Amor. Ponto. O amor é isto e nada mais*.

 

Ainda bem que o Natal não é quando o homem quer... é apenas um momento pequenino na fé, traz-nos esta esperança imensa no amor, este menino que nasce há mais de 2010 anos, mas sobretudo nos exige e nos testa, nos lembra de como nascer todos nascemos, é o que fazemos com esta vida que realmente importa.
Que seja, eu continuo a preferir a Páscoa, e até há menos gente na rua. Já para não falar na Paixão e Ressurreição, mas disso depois falaremos.

 

 

* Só eu, para pôr o título de uma música de Ornatos Violeta num post sobre o Natal e a religião. Mas é por viver todas estas coisas com simplicidade no dia-a-dia.

publicado por Vita C às 20:09

22
Dez 10

 

Agora mesmo, na rádio Radar, a minha nova companheira das tardes solitárias em que o chefe vai passear ou para reuniões ou lá o que é.
Uma prendinha de Natal, das pequeninas mas que sabem tão bem...

publicado por Vita C às 16:57
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21
Dez 10

 

Mês 1: mais gorda e não necessariamente melhor da respiração.
Deixar de fumar é um processo moroso apenas suportável por uma teimosia aguda e uma vontade férrea sem imposições. Um dia destes, digo constantemente, fumo um cigarro, mas esse dia não é hoje. Nem amanhã.

publicado por Vita C às 11:45
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19
Dez 10

 

Há pessoas descartáveis.
É uma dura realidade. Tentamos fugir-lhe, esconder a cara, mas efectivamente, também nós somos descartáveis. A quantidade de mensagens, mails, postzinhos e afins, de pessoas que provavelmente até se esqueceram dos anos, dos momentos importantes, de pessoas que, no seu legítimos direito, preferiram o seu umbigo à bandeira branca das velhas criancices que as separaram ou à bandeira alegre dos esforços de aproximação.
As pessoas vão, vêm, desaparecem, novas pessoas se aproximam e o ciclo recomeça inexorável. Claro que existe constância nas pessoas verdadeiramente importantes. Não. Há pessoas verdadeiramente importantes que já não são próximas. E nem o querem ser. A não ser no Natal.
Parece que no Natal as pessoas não são descartáveis... são hipócritas.

 

(estes posts assim para o melancólico-depressivo têm quase sempre a companhia da Aimee Mann, porquê?)

publicado por Vita C às 21:13

18
Dez 10

Pague 3, leve 4? Seja feita a vossa vontade!

 

 

Para mim, que adorei O Homem Pintado...

 

 

Para ele, que pensou em dar-me isto nos anos, é a vantagem de fazermos tantas compras juntos. Ou seja, para nós.

 

 

Para a mãezocas, porque eu vou lê-lo a seguir e porque quero reganhar a fé no Nobel depois da desilusão do le Clézio.

 

 

Para o pai.

 

Ou então são todos para mim.

publicado por Vita C às 20:39
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17
Dez 10

Bem me parecia que a coisa ia dar para o torto. E como não quero perder o bom humor deixado pelo post abaixo, seguem as palavras de quem tem a escrita afinada e a opinião pensada.

 

Mais alguém acha isto o absurdo total?!

"A receita do governo para flexibilizar o mercado do trabalho é notável. À falta de melhor explicação, eis o que se passa: um trabalhador por conta de outrem que assine um contrato de trabalho, após a nova medida entrar em vigor, vai ter um salário mais baixo. Porquê? Porque a empresa que o contratar vai reflectir o novo custo - a contribuição para o fundo das compensações em caso de despedimento - na remuneração mensal do colaborador. Isto significa, na prática, que os cidadãos financiam uma espécie de imposto, disfarçado pelo nome "contribuição patronal", para cobrir parte dos custos do seu eventual despedimento. O "desconto", como a ministra Helena André disse, sai da massa salarial. Se os trabalhadores se reformarem, ou mudarem de emprego, a dita "contribuição patronal" - repercutida no salário - regressa à empresa. Genial, não é? "
por Carlos Ferreira Madeira, Publicado no I de hoje

 
(e por mim encontrado via Café Tropical)
publicado por Vita C às 14:34

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