Só dá vontade de enviar esta merda toda para trás das costas.
Trabalhar bem nem é sequer trabalhar em quantidade improdutiva e excessiva. Sempre achei que qualidade não é quantidade e o trabalho não me parece excepção viável. Para além disso, evitem-se por favor as conversas blá blá em que se assume que tenho muita sorte por sequer estar a trabalhar. Dou-vos uma semana aqui, em regime semelhante ao daquelas casinhas que se partilhavam no Algarve, tipo time-sharing, e depois conversamos, está bem? Não trabalho na minha área e isso nem é problema, recebo um salário que há dois anos não vê alterações e tem três dígitos e trabalho entre 9 a 12 horas por dias. Para além disso, não tenho dias de 48 horas, pelo que tenho de ter um jogo de cintura para respirar fora deste escritório.
Mas tenho 30 anos, estou velha para estas andanças para as qualificações que tenho (sejamos honestos, uma psicóloga com duas pós-graduações e um curso de Técnica Superior de Segurança é pouco mais que nada nestes dias) e estou a atingir um verdadeiro limite de saturação. Sim, eu sei que não sou só eu. Mas foda-se, hoje estou irritada.