Vamos imaginar que as promessas eleitorais de um governo são o seu CV. Com base nestas, o povo, empregador, elege-o (contrata-o, portanto, embora nem todos os sócios o tenham escolhido). Não obstante, o CV revela-se claramente abaixo das expectativas. Imaginemos que se trata de uma questão situacional, como a introdução de uma nova tecnologia no posto de trabalho, ou de uma diminuição da actividade da empresa. O trabalhador, governo, começa a meter os pés pelas mãos e apresenta, ao empregador, o povo, dia após dia, desculpas e patranhas esfarrapadas. Que a culpa não é dele. É dos mercados. É da crise. Muito bem. Vocês mantinham na vossa empresa um tipo claramente incompetente? Então porque se mantém este governo? Porque, repito, o povo é, sempre, quem mais ordena. Prometeu não cumpriu, venha o próximo. Rescisão unilateral com justa causa do contrato de trabalho... há dúvidas?