(pensamento do dia, às seis e meia da manhã,
enquanto despejava uma taça de choco crispies para o estômago:
estar de abertura é para mim o que o período é para a maioria das mulheres)
Nem sou uma pessoa particularmente supersticiosa. Minto: não sou nada supersticiosa. Passar por escadotes? Feito! Sentar treze a uma mesa? Feito! Gatos pretos no caminho? Xenofobia é feio e os gatos até são bichos cativantes! Sexta feira 13? Dia de azar para os templários, não para mim (é só saber um pouco de História, ou, aos que estavam menos atento nas aulas, dar um pulinho à wikipédia)!
Portanto imaginem o meu espanto quando de madrugada chego ao trabalho, ligo os portáteis todos (são só uns trinta e tal) e todos iniciam o processo de recuperação do sistema. Do nada. Estavam sossegados, obedientes, como qualquer bom portátil, aguardando username e password, à espera que os meus dedinhos habituados e mansinhos os fossem reconfortar e, do nada, tumbas. Um deles (1210 para os amigos) até tinha a imagem do monitor rodada 90º para a direita, coisa que só tinha visto o meu próprio portátil fazer, e por completa estroinice minha. Ele há coisas a atirar para o estranho, sim...
E depois, (perfeita construção frásica) foi um dia não. Generalizado. Mau humorzinho da Miss Me é tramado, espalha-se. Daí que nos acessos mais graves, nos picos agudos da irritabilidade, prefira estar sozinha e não contaminar venenosamente as pessoas de quem gosto. Vou encaracolar-me ali para o lado e descansar as muitas horas em falta ... ou então não, como diria já não sei quem.