Imaginem que casam com um idiota, mas demoram um bom bocado de tempo a perceber que o tipo é, lá está, idiota. Tanto tempo que entretanto acabam por ter um filho com esse idiota. Agora imaginem que se encontram numa relação abusiva e resolvem, pelo vosso bem e pelo do vosso filho, sair dessa situação. Com tudo o que daí advem. Sabemos que isto nunca é fácil.
Agora imaginem que têm a custódia do vosso filho, de 5 anos, partilhada com este idiota. E que eventualmente acabam por descobrir que o idiota esmurra o vosso filho nos dentes. E que se recusa a levá-lo ao hospital quando está doente. E que nem sequer lhe aplica um penso rápido quando o miúdo escorrega e cai, o que se torna depois numa infecção na perna. E agora o miúdo volta a fazer xixi na cama, tem dificuldades em estar sozinho e se recusa a ir para casa do idiota do pai.
Continuem a imaginar, agora que vão tentar conseguir a custódia total do miúdo. E que vos é dito que terão de reportar isso ao equivalente à nossa CPCJ. E que alguém vos vai ajudar a fazer isso. E esse alguém acaba por saber dos pormenores mais sórdidos e dolorosos que andam a tentar enterrar desde que se separaram.
Esse alguém ... muitas das vezes sou eu.
E hoje ainda estou a tentar processar o que acabou de se passar com esta senhora.